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ATALAIA, Vila Nova da Barquinha, Portugal
Vivendo nesta terra há 30 anos vou perguntar à história e à tradição qual a origem desta localidade. Desejo saber quem neste atractivo sítio erigiu a primeira construção, quais as obras que foram nascendo, a sua idade e as mãos que as edificaram, quais os seus homens ilustres e os seus descendentes, quem construiu as estradas, os caminhos, as pontes e as fontes. Quão agradável será descobrir em cada pedra os nossos antepassados levantando com palavras o sonho do nosso futuro. Atalaia, 18-11-2007.

31.8.08

Férias nas ilhas


Depois de umas merecidas férias volto à presença dos leitores. Durante o mês de Agosto deliciei-me com a visita a 5 ilhas dos Açores: São Miguel, Santa Maria, Faial, Pico e São Jorge. Quão agradável foi apreciar a beleza das suas paisagens, a temperatura das suas águas cristalinas e a lhaneza dos seus habitantes. É verdade que tive o privilégio e inconfundível acompanhamento de mão amiga. Mas a vida é isso mesmo, a possibilidade de fazer amigos que nos acompanham nos bons e nos maus momentos. Em S. Miguel foi o Carlos, a Helena e a Inês, que nos trataram como príncipes e, inclusive, nos mimaram com iguarias comensais e regionais divinais. No Pico foi o Paulo, pois sabendo que estava na ilha, e depois de atravessarmos o Canal, foi-nos buscar ao cais da Madalena, serviu de guia para a visita às célebres quintinhas, património mundial, convidou-nos a visitar a “adega” e a provar o inconfundível néctar do Pico e, como se não bastasse, nos ofertou com umas vejas (peixe frito) de estalo.
Nas ilhas de águas tépidas, onde os peixes brincam com os humanos, era obrigatório o banho ao pôr-do-sol, rito que eu e o meu filhote realizámos em todas elas.
Entretanto, aproveitei para por a leitura em dia.
Como no ano anterior tida lido o primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, “O Equador”, este ano deliciei-me com “Rio das Flores”. A obra, oferecida à minha cara metade, é uma enciclopédia histórica sobre 30 anos da história de Portugal com incidência na ditadura do Estado Novo, da problemática e do confronto sangrento da Guerra de Espanha e das potencialidades dessa nação imensa e sublime que é o Brasil.
Da sua leitura, que vivamente recomendo, retiro esta máxima inscrita a pág.527:
Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga o resto da vida não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor, quase banal, acaba por se transformar, por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter connosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente.”
Até tive tempo para ler “O Ingénuo” de Voltaire, obra de forte pendor filosófico.
Por último, era de leitura obrigatória a obra oferecida pela Atalaiense, Maria Filipa Oliveira, “Não tenho nada a ver com isso ! …”, edição de 2005.
Para quem não conhece a escrita da nossa conterrânea nada melhor que reescrevê-la:
Eu sou aquela que poucos viram, que poucos conheceram e conhecem. De mim, geralmente, vêem só o exterior, pois nada mais mostro. Ninguém fora de casa sabe quando eu me sinto mal ou bem, doente ou saudável, triste ou alegre. A minha cara nunca o deixa entender.
É por isso que as pessoas me apelidam de antipática, mal disposta, brusca …
O que eles não sabem, é que até sou simpática, bem disposta, meiga e muito suave. Também não sabem, é que eu me pareço com o bambu, maleável quanto baste.
É que eles não sabem o que eu sei, nem nunca o saberão
”.
Afastado o tema leitura, tive a curiosidade em saber as novidades da Atalaia.
A festa anual correu bem mas houve menos lucros que no ano anterior. Ficará a comissão com menos capacidade financeira para socorrer os menos afortunados pelo destino.
A festa das “sopas”, na SIRA, teve boa concorrência o que significa que a colectividade se encontra viva e recomenda-se.
A UDA empatou 3-3, com a Meia-Via, em encontro amigável, e a equipa promete.
Com as baterias (re) carregadas principiemos um novo ciclo.

1 comentário:

DUARTE SILVA disse...

E aí, amigo.
A vida não é só trabalhar. Férias fazem parte da vida.
Focu-me uma "diuvida". Levou tradutor ou tirou o "quiurso" de "aciuroguês"? É que lá para de S. Miguel é preciso estar bem atento quando eles falam, ou não se percebe nada.