Natural
da freguesia de Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha, nasceu nesta terra
em 13 de Julho de 1886 e veio a falecer na cidade das Caldas da Rainha, com 78 anos,
em 15 de Abril de 1964.
Licenciou-se
em Farmácia no Porto, em 1886.
Estabelece-se
na cidade das Caldas da Rainha por volta de 1905.
Quando
é proclamada a República, em 1910, já Custódio Maldonado Freitas tem ali instalado a sua farmácia naquela cidade, à data em franco desenvolvimento.
Com
fortes e convictas ideias republicanas, membro maçónico, da qual se manterá até à
sua morte é um adepto indefectível da carbonária. Ainda no período da monarquia
é preso durante setenta dias. Nada, porém, o desvia nem faz abafar as suas
convicções republicanas, pelo que vem a ter acção destacada na proclamação da
República.
Em 1911 fez parte duma comissão para a aprovação da Lei da separação da
Igreja do Estado
Em
1913, por Portaria é nomeado para Vice-Presidente do Conselho Administrativo
das Caldas da Rainha assumindo a presidência a 30 de Setembro desse ano.
Na
Rotunda de Caldas, em 1915, lidera um grupo de marinheiros, conseguindo a
devolução da Câmara aos Republicanos.
Em
1915 era extinto o semanário “Viroscas” após os tumultos que se verificaram no
dia 2 de Abril desse ano, nas Caldas: “Houve
troca de tiros ao cimo da Praça da República, depois de uma procissão bastante
concorrida nessa Sexta-feira de Paixão, entre sujeitos ligados ao Partido
Democrático e ao Partido Republicano Evolucionista, resultando num morto afecto
a este último partido”.
Por causa deste
facto, foram enviados para a prisão do Limoeiro, em Lisboa, alguns nomes
afectos ao Partido Democrático, como Custódio Maldonado Freitas e José dos
Santos Germano (partindo os disparos mortais deste último), bem como outros
correligionários como Amândio de Carvalho, António Alves Cunha, Branco Lisboa,
Etelvino dos Santos, Joaquim José de Sousa, José Rodrigues, Salvador Sousa de
Figueiredo e António Lopes de Oliveira. “Este último foi o fornecedor das
bombas encontradas na redacção de O Defensor, jornal local afecto ao Partido
Democrático”
… “o povo, supondo que o líder dos
distúrbios fosse o farmacêutico Custódio Maldonado Freitas, se dirigiu à sua
farmácia, intimando-o a abandonar as Caldas”, mas Maldonado Freitas subiu ao
telhado, “alimentando uma luta que se seguiu com bombas de dinamite e tiros”,
disse. O grupo de cidadãos acabou por entrar na farmácia e na redacção de O
Defensor, “provocando estragos”. Quanto ao farmacêutico, “foi descoberto no dia
seguinte dentro de uma chaminé num prédio vizinho, pelas forças militares e da
Guarda Republicana, que se deslocaram às Caldas”.
Em
Janeiro de 1919 a Comissão Administrativa da Câmara Municipal passa a ser
presidida por Custódio Maldonado Freitas.
Nesse
ano em Agosto assume a Presidência da Comissão Administrativa do Hospital das
Caldas.
Em
13 de Abril de 1921 torna-se sócio gerente da empresa de Limas União Féteira,
Lda.
Foi
presidente da Comissão Concelhia dos Bens da Igreja.
Criou
e dirigiu os Jornais o “Direito do Povo” e o “Regionalista”.
Em
1930, possui-a uma Farmácia na vila de Óbidos.
O
atentado ocorrido contra a linha férrea e telegráfica em Pataias, no dia 13 de
Janeiro de 1931, envolveu personalidades do meio sociopolítico tendo sido
referenciado pela polícia política Custódio Maldonado de Freitas, farmacêutico,
das Caldas da Rainha.
Voltou
ao cárcere entre 21 de Março de 1947 a 24 de Abril de 1948.
Do
seu casamento com Margarida Pereira de Sousa Freitas nasceram 5 filhos, o
primeiro António Maldonado Freitas, nascido em 1910, e já falecido, foi um
destacado dirigente do Partido Socialista. O segundo com o mesmo nome do pai, também
já falecido, foi membro do PCP e fundador do MDP-CDE, de que fui destacado
militante.
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