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ATALAIA, Vila Nova da Barquinha, Portugal
Vivendo nesta terra há 30 anos vou perguntar à história e à tradição qual a origem desta localidade. Desejo saber quem neste atractivo sítio erigiu a primeira construção, quais as obras que foram nascendo, a sua idade e as mãos que as edificaram, quais os seus homens ilustres e os seus descendentes, quem construiu as estradas, os caminhos, as pontes e as fontes. Quão agradável será descobrir em cada pedra os nossos antepassados levantando com palavras o sonho do nosso futuro. Atalaia, 18-11-2007.

14.7.10

CONDES DA ATALAIA NO TEMPO DOS FILIPES


Num pretérito longínquo, que é prestigiante para a Vila da Atalaia, tinha esta o seu Conde, o Conde da Atalaya. http://www.geneall.net/P/tit_page.php?id=149
No Século XVI nascia-se fidalgo ou pelo Rei era concedida esta nobre condição. Ninguém era fidalgo se não se lhe reconhecesse riqueza em bens materiais mas, essencialmente, detendo a posse da terra.
Em 27 de Maio de 1581 passa Filipe I pela nossa Vila. Quem nos relata este facto é Isidro Velasquez Salamantino (1) dizendo que este Rei permaneceu 5 dias na Quinta da Cardiga vindo de Tomar, passando pela Ponte da Quinta da Pedra.
Esta localidade era local de encruzilhada, de movimentação de pessoas e de mercadorias, pelo menos desde a época romana, como atesta a Carta de privilégios de 18-02-1303, concedida por D. Dinis ao lugar onde chamam de Atalaya. Era, à data do domínio Filipino, também grande pela importância que o Conde de Atalaya tinha no Reino. Era referenciado como do “mejor del Reyno”. A sua influência era política e financeira com largo domínio sobre território. Igualmente, uma curiosa relação escrita em Madrid em meados da década de 1630, relata-nos a procura dos “bons partidos” entre a nobreza portuguesa informando “sobre os casamientos que ay en Portugal” sem olvidar o título, a varonia, a sua idade, as suas rendas e o número dos seus vassalos. Segundo descrição deste anónimo casamenteiro estavam então desembaraçados o Marquês de Ferreira, os Condes de Monsanto, de Calheta e da Atalaia (2) todos eles nobres do melhor do reino que quer dizer, poder, riqueza e nobreza.
(1) La entrada que en el reino de Portugal hizo S.C.R. de Don Philippe … “ Lisboa, 1583, fls. 105
(2) Portugal no tempo dos Filipes, Política, Cultura, Representações (1580-1668), Fernando Bouza Álvares, Edições Cosmos.

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