A professora D. Maria Salete Albuquerque nasceu em 5 de Outubro de 1898, na freguesia da Aldeia de João Pires, concelho de Penamacor. Era filha de José de Albuquerque e de Matilde Albuquerque.
Faleceu em 7 de Dezembro de 1954.
Esta mulher beirã, bem rija e morena, exerceu a missão de professora do ensino primário na Escola Primária da da Atalaia, durante um período temporal de 22 anos, entre 1932 e 1954, no edifício da actual Junta da Freguesia e antecedente Paços de Concelho.
Pelas suas mãos passaram muitos jovens atalaienses, quer do sexo masculino quer do sexo feminino.
Reconhecida por todos aqueles que com ela conviveram como alguém que ia para muito além das funções de professora tornou-se, para os seus ex-alunos (as) , uma eterna amiga e guia. O seu exemplo de dedicação incansável, de doação, de dignidade pessoal, de amizade ao próximo tornou-a inesquecível. Foi sem dúvida, no dizer dos seus alunos, uma das personalidades notáveis que passaram pela nossa terra.
Por isso não surpreendeu que estes, num gesto de eterno afecto, propusessem à Junta de Freguesia e à Assembleia de Freguesia a colocação do seu nome para o Jardim das Olarias.
O pedido foi aceite pelos órgãos autárquicos que deliberaram, em 3-9-2009, e por unanimidade, dar o seu nome a tal espaço.
Na sequência desta deliberação será, brevemente, realizada na Sociedade Instrutiva e Recreativa da Atalaia uma festa de homenagem que contará com a presença dos seus descendentes.
Post-scriptum. Seja-me permitido um louvor à minha professora primária D. Norlinda, também beirã de berço, que à força de perguntar, instar, dedicar e amar, me ensinou, a seu modo, o caminho da vida.
Faleceu em 7 de Dezembro de 1954.
Esta mulher beirã, bem rija e morena, exerceu a missão de professora do ensino primário na Escola Primária da da Atalaia, durante um período temporal de 22 anos, entre 1932 e 1954, no edifício da actual Junta da Freguesia e antecedente Paços de Concelho.
Pelas suas mãos passaram muitos jovens atalaienses, quer do sexo masculino quer do sexo feminino.
Reconhecida por todos aqueles que com ela conviveram como alguém que ia para muito além das funções de professora tornou-se, para os seus ex-alunos (as) , uma eterna amiga e guia. O seu exemplo de dedicação incansável, de doação, de dignidade pessoal, de amizade ao próximo tornou-a inesquecível. Foi sem dúvida, no dizer dos seus alunos, uma das personalidades notáveis que passaram pela nossa terra.
Por isso não surpreendeu que estes, num gesto de eterno afecto, propusessem à Junta de Freguesia e à Assembleia de Freguesia a colocação do seu nome para o Jardim das Olarias.
O pedido foi aceite pelos órgãos autárquicos que deliberaram, em 3-9-2009, e por unanimidade, dar o seu nome a tal espaço.
Na sequência desta deliberação será, brevemente, realizada na Sociedade Instrutiva e Recreativa da Atalaia uma festa de homenagem que contará com a presença dos seus descendentes.
Post-scriptum. Seja-me permitido um louvor à minha professora primária D. Norlinda, também beirã de berço, que à força de perguntar, instar, dedicar e amar, me ensinou, a seu modo, o caminho da vida.
1 comentário:
Lembro-me dela.
Quando frequentei a Escola Primária da Atalaia no primeiro andar (onde hoje é a Junta), ainda me lembro, que a outra senhora professora queria à força que eu escrevesse com a mão direita e não conseguiu, porque sou canhoto nato e falava-se com respeito e admiração na D. Salete, mais que como professora, mas como pedagoga.
Naqueles velhos tempos, além do ABC, ensinavam-se normas de vida, que complementavam aquilo que os nosso pais nos diziam em casa.
Havia respeito pelo seu semelhante, os idosos eram reverenciados.
Um "bom dia senhora professora", "boa tarde senhora professora", fazia parte da educação.
Fazíamos as nossas traquinagens, como sempre, mas havia respeito.
Vi-a ser conduzida, ainda me lembro, num carro fúnebre puxado a cavalos para o Campo Santo da Atalaia.
Na igreja, aquele sino grave batia as badaladas em sinal de respeito.
Foi à tarde.
A Atalaia e não só, acompanhou-a em peso.
O mundo era diferente.
Teve sorte em não ver crianças levarem um .38 para as escolas e abaterem gente a tiro.
Teve sorte, em nome da Praxe, não assistir a alunos serem socorridos em hospitais, queimados com ácido sulfúrico e mais, quando dava um tabefe num aluno mais reguila, não ser processada em tribunal.
Afinal o seu mundo é o meu, nanja este.
Mundo de respeito.
Que Deus a tenha no seu Eterno Descanso, que bem merece.
Fez muito pela Atalaia.
Obrigado Sr. Dr. Fernando.
Ela mereceia ser recordada.
Aquele Abraço.
Sérgio
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