Seja bem-vindo.

A minha foto
ATALAIA, Vila Nova da Barquinha, Portugal
Vivendo nesta terra há 30 anos vou perguntar à história e à tradição qual a origem desta localidade. Desejo saber quem neste atractivo sítio erigiu a primeira construção, quais as obras que foram nascendo, a sua idade e as mãos que as edificaram, quais os seus homens ilustres e os seus descendentes, quem construiu as estradas, os caminhos, as pontes e as fontes. Quão agradável será descobrir em cada pedra os nossos antepassados levantando com palavras o sonho do nosso futuro. Atalaia, 18-11-2007.

26.5.12

Tancos (1930-1940)


A freguesia de Tancos, que tem a sua sede na vila de Tancos, tem por orago Nossa Senhora da Conceição. A freguesia é de 3.ª ordem, ignorando-se não só a data da sua criação como também em que ano foi a sede da freguesia elevada à categoria de vila.
População - 280 habitantes, sendo 130 varões e 150 fêmeas. O número de famílias é de 74.
Correios, telégrafos e telefones - Tem caixa posta rural. A estação telefónica tem horário de serviço limitado (das 9 às 17 horas). Não há telégrafo.
Localização - Está situada na encosta do vale do Tejo, a dois quilómetros a ju­zante do Castelo de Almourol e defronte da povoação do Arrepiado.
Lugares e lugarejos - Laveiros e Casal de Iria Tereza. O maior aglomerado de habitações encontra-se na sede da freguesia.
Feiras e mercados não se realizam na freguesia.
Festas tradicionais - Anualmente mas em dia variável realizam-se na sede da fre­guesia as festas a Nossa Senhora da Piedade, organizadas pelo povo da freguesia, que constituem uma devoção por Nossa Senhora da Piedade, venerada numa pequena capela existente na parte ocidental da vila.
Vias de comunicação - É sede do apeadeiro denominado Tancos. As estações que lhe ficam mais próximas são as de Barquinha e Almourol.
Tancos está à distância de 2,5 kms da estação do Almourol e a 3 da da Barquinha.
Para estas estações não há carreiras de camionete. Na área da freguesia passa a estrada nacional n.º 14 – 1.ª. Há um porto fluvial no Tejo. Não tem automóveis de aluguer nem carreiras de camionete.
Produção - A sua principal produção é o azeite. Não é centro industrial nem existe qualquer indústria caseira. Há na freguesia cinco azenhas para farinar milho, e três lagares de azeite. Não tem muitos terrenos incultos e a agricultura é feita por pro­cessos pouco aperfeiçoados. A cultura que predomina é a da batata. Existe um baldio de pequena área, junto ao cemitério.
Comércio - O comércio da freguesia é diminuto. Como estabelecimentos comer­ciais predominam as mercearias e as lojas de vendas de vinhos. Não tem farmácia.
Instrução - Na sede da freguesia existe uma escola mista.
Associações e instituições - Na sede da freguesia existe uma Sociedade de Recreio, denominada Club Recreativo e Instrutivo de Tancos, que não possui salão de festas, nem cinema.
Águas - A freguesia é abastecida de água por meio de um chafariz. Não tem qualquer água com propriedades medicinais. Não possui rede de esgotos nem é obri­gatória a construção de fossas.
Luz eléctrica - Não há. A iluminação pública é a petróleo.
Rios e ribeiros - Rio Tejo e Ribeira de Tancos.
Igrejas e capelas - Tem a Igreja Matriz; a da Misericórdia e a Capela de Nossa Senhora da Piedade. A Igreja Matriz é muito antiga e tem apenas uma nave abobadada  apesar de ser uma das mais largas que se conhece, rica em obra de talha dourada no altar-mor e também nos seus antigos azulejos que revestem as paredes. A Igreja da Misericórdia está abandonada mas ainda possui bens azulejes. A Capela de Nossa Senhora da Piedade é de construção vulgar e sem elemento algum de valer.
Cruzeiros e alminhas - não há.
Pontos de vista - No Casal de Pote, a nascente da povoação de Tancos, desfruta-se um lindo  panorama de vale de Tejo com o lendário Castelo de Almourol. Este panorama é ainda mais vasto do alto do moinho, sobranceiro à Capela de Nossa Senhora da Piedade.
Livros que se referem à freguesia - Extremadura Portuguesa de Alberto Pimentel. Ribatejo Histórico e Monumental de F. Câncio., etc.
Folclore - Trajos e costumes vulgares.
Pelourinho, conventos, estátuas, fontes artísticas, monumentos, padrões e obeliscos, não. existem.
Segundo Pinho Leal, o antigo nome de Tancos deve ter sido Francos.
Os Marqueses de Tancos eram os donatários da Vila e seu têrmo. O brazão dos Marqueses de Tancos era e seguinte: Um escudo esquartelado, no 1.° e 4.°, em campo de púrpura, um côto de águia de ouro, empunhando (com uma mãe de homem) uma espada guarnecida a ouro. No. 2.° e 3.°, de prata, um leão de púrpura armado de azul.
Há legionários incorporados na Legião Portuguesa do concelho da Barquinha. Está em organização a Mocidade Portuguesa.  
Bibliografia: Boletim da Junta de Província do Ribatejo / dir. ed. Abel da Silva. - Santarém : J. R R., 1940.

Sem comentários: