O contexto geográfico e histórico da Barquinha é favorecido pelo
cruzamento de eixos principais de autoestradas e caminhos-de-ferro. Isso
potencia a sua integração em rotas turísticas nacionais ou
internacionais, como é exemplo a rota dos Caminhos de Santiago (no
monumento nacional – Igreja da Atalaia), Rota dos Templários (no
monumento nacional – Castelo de Almourol), e o Museu Nacional
Ferroviário, na cidade do Entroncamento. Estes monumentos, e o museu,
representam um potencial de alavancagem do turismo no nosso território
que aproveita as sinergias e as complementaridades de produtos endógenos
já estabilizados e reconhecidos pelos diferentes operadores turísticos.
Temos, no nosso concelho, vários estabelecimentos de turismo em
espaço rural, com 118 camas no total, segundo os últimos dados do
Turismo do Centro. Estes novos dados revelam uma potencial de oferta de
alojamento em espaço monumental e natural com notável proeminência para
os rios Zêzere e Tejo. Revelam, ainda, a capacidade do turismo temático
(percursos pedestres, canoagem, BTT, etc.) que percorre as freguesias da
Praia do Ribatejo, Tancos, Barquinha e Atalaia.
A congruência estrutural de uma educação de excelência no concelho,
na sequência dos avanços obtidos por via da requalificação física do
nosso parque escolar; a aposta contínua na temática “Barquinha é Ciência
e Arte” que tem vindo a ser adotada como desígnio estratégico para as
nossas Escolas; a criação do Parque de Esculturas Contemporânea
Almourol; a fruição artística do Parque, com o Centro de Estudos de Arte
Contemporânea e a residência de artistas e, no ano de 2017, o
alargamento do projeto das artes às freguesias, numa parceria com a
Fundação EDP, são fatores de desenvolvimento que devemos relevar e
estimular.
A reabilitação urbana tem sido também um dos eixos prioritários de
desenvolvimento para o Município, com a sensibilização dos proprietários
para o seu dever de conservaçã
o dos imóveis e com a realização de
levantamentos das construções degradadas, com a cedência de incentivos
fiscais para quem recuperar, e agravamento para quem não conservar. O
trabalho da Divisão Municipal de Serviços Técnicos em conjunto com o
Gabinete de Apoio e Desenvolvimento ao Empreendedorismo Local (GADEL)
nos investimentos em áreas de atividades económicas, agrícolas e não
agrícolas, tem sido inexcedível.
Com a aprovação do recente Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU)
e com intervenções já asseguradas com fundos comunitários, na
reabilitação do espaço público – na Rua da Misericórdia, Praça
República, Largo José da Cruz/Largo Marechal Carmona e na reabilitação
integral de imóveis com mais de 30 anos, atualmente devolutos, vamos
instalar um Ninho Empresas e lojas de produtos locais – estamos, assim, a
combater as fragilidades do espaço público do centro histórico da vila e
a incentivar os privados a recuperar os seus imóveis. Podemos
acrescentar que registamos com grande agrado uma estimulante
revitalização do edificado privado.
Desejamos um concelho com um modelo híbrido de povoamento, que
integra realidades urbanas e rurais numa interação que deverá aprofundar
os objetivos da revitalização económica e da sustentabilidade da
vivência campestre.
Vila Nova da Barquinha tem vindo a ser reconhecida como zona
cultural, com qualidade de vida e com uma relação equilibrada com a
natureza. Queremos continuar a apostar num lugar cultural diferenciado,
coeso e com espaços de oportunidades de negócio, capaz de afirmar e
gerar vida urbana e rural com qualidade de vida e bem-estar.
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